Tanatologia – Você sabe o que significa?
“Tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.” Parágrafo extraído do texto “Sobre a morte e o morrer” de autoria de Rubem Alves
É extremamente desconfortável para muitos, o assunto morte. Falar da morte ainda não é um assunto bem aceito ou compreendido pela nossa sociedade. Porém, não podemos ficar indiferentes à dor de tantas famílias que perdem seus familiares todos os dias em acidentes de trânsito, violência urbana, morte por causas naturais, etc. O assunto torna-se delicado e difícil de ser tratado. Acaba muitas vezes gerando certo desconforto e mal estar nas pessoas ao nosso redor. Assim também não é diferente quando se fala da ciência da Tanatologia. A Tanatologia é a ciência que estuda os processos da morte, do morrer, das perdas e da elaboração do luto.
Mesmo não sendo um estudo novo, muitos ainda a desconhecem e quando ficam sabendo do que se trata logo se desconversa ou se questiona em como é possível existir um profissional que se interesse em trabalhar na área. No entanto, não podemos nos esquecer que o ser humano vive de perdas, abandonos e desistências. Cedo ou tarde, com maior ou menor sofrimento, vamos compreender que esses sentimentos, são sem dúvida, condições permanentes da vida humana.
A morte nos coloca em confronto com algumas limitações e em conseqüência vêm à tona sentimentos de impotência e frustrações. Por mais que a ciência nos traga grandes avanços, quando nos deparamos com o fato de nossa finitude, vemos que nesse momento nada podemos fazer para prolongar a vida.
As perdas costumam despertar sensações de angústias, medo e solidão, análogas à morte, e contém em seu bojo sofrimento, dor e tristeza. Sabemos que mesmo perdas, seja ela real (morte) ou simbólica, ou mesmo de pequeno porte, costumam precisar de um tempo para ser elaboradas. Podemos citar como exemplos de perdas simbólicas um ideal ou sonho, um emprego, uma doença grave ou crônica, uma relação afetiva ou de amizade onde há um investimento emocional muito intenso dessa pessoa ou em uma situação perdida e que aos poucos deve ser retirado e ficar a espera para poder ser reinvestido novamente.
Freud defendia que o valor da transitoriedade das coisas bonitas da natureza, da vida, da arte, dos bons momentos é justamente o valor da escassez no tempo. A exigência de que tudo que é bom dure para sempre é um produto de nossos desejos e pode não corresponder sempre à realidade. Não há como discutir a transitoriedade das coisas, mas nem por isso seu valor é menor, que é determinado justamente pela significação que tem para a vida emocional de cada um.
O problema é que a idéia de que existem coisas que são transitórias, comunica que então haverá uma perda em algum momento do que é bom e isso às vezes fica difícil de ser aceito, acabando por prejudicar o poder aproveitar melhor as coisas boas que a vida nos proporciona.
O processo de luto é essencial para que possamos superar uma perda importante. Cada um irá reagir e se expressar de acordo com suas próprias características. É importante que o sujeito se permita vivenciar sentimentos como raiva, tristeza, desânimo, saudade, etc., e ter consciência de que esse momento requer certo tempo para acontecer e que ele precisa ter paciência para elaborar essas situações.
O ideal é abrir um espaço para que essa situação possa ser conversada e entendida. Precisamos ter esse espaço para poder ter o direito de sentir e expressar sentimentos pelas perdas que sofremos, sem ter que nos envergonhar ou esconder, sem sermos considerados fracos. Pelo contrário, quando nos permitimos ser humanos de verdade estamos valorizando a vida e aprendendo a vivê-la de forma plena sem medo e sem resistências.
Freud diz, em um de seus artigos, que a psicoterapia não se propõe a eliminar o sofrimento, mas sim em transformar ou proporcionar um alívio do sofrimento neurótico num sofrimento humano comum. E isto, como sugere Freud, é antes de tudo levar o sujeito a dar um nome à sua dor, a encontrar uma linguagem para essa dor.
Nem toda perda é passível de um luto efêmero. Porém, há perdas que se repetem, simbolicamente, antes de serem elaboradas. E será que podemos dizer que serão para sempre elaboradas? De qualquer modo, se o sujeito encontra uma linguagem que torne possível nomear em si o que ficou inominável, ele certamente estará mais protegido contra uma doença grave, uma depressão, ou outra forma de recusa à vida.
Considero que luto é uma ferida que precisa de atenção para ser curada. Esse processo de cura é basicamente composto por duas mudanças psicológicas a serem realizadas durante o período de luto. A primeira é reconhecer e aceitar a realidade: a morte ou a perda que ocorreu e a relação agora acabada. A segunda é vivenciar e lidar com todas as emoções, problemas e mudanças que advêm dessa perda. Daí a necessidade da ajuda profissional especializado de um psicólogo para o acompanhamento mais adequado a cada necessidade.
Terapia do Luto
Psicóloga DÉBORA TRINDADE LANNA CRP: 08/13539
Graduada pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA – Manaus/AM
Formação em Tanatologia pela (RNT) Rede Nacional de Tanatologia - Manaus/AM
Formação em Acompanhamento Terapêutico pela FOCO CONSULTORIA e DESENVOLVIMENTO HUMANO – Curitiba/PR
Formação em Comportamento Alimentar Programa RAFCAL - Curitiba/PR
Especialização em Terapia Cognitiva Comportamental - cursando pelo Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva – Curitiba/PR
É extremamente desconfortável para muitos, o assunto morte. Falar da morte ainda não é um assunto bem aceito ou compreendido pela nossa sociedade. Porém, não podemos ficar indiferentes à dor de tantas famílias que perdem seus familiares todos os dias em acidentes de trânsito, violência urbana, morte por causas naturais, etc. O assunto torna-se delicado e difícil de ser tratado. Acaba muitas vezes gerando certo desconforto e mal estar nas pessoas ao nosso redor. Assim também não é diferente quando se fala da ciência da Tanatologia. A Tanatologia é a ciência que estuda os processos da morte, do morrer, das perdas e da elaboração do luto.
Mesmo não sendo um estudo novo, muitos ainda a desconhecem e quando ficam sabendo do que se trata logo se desconversa ou se questiona em como é possível existir um profissional que se interesse em trabalhar na área. No entanto, não podemos nos esquecer que o ser humano vive de perdas, abandonos e desistências. Cedo ou tarde, com maior ou menor sofrimento, vamos compreender que esses sentimentos, são sem dúvida, condições permanentes da vida humana.
A morte nos coloca em confronto com algumas limitações e em conseqüência vêm à tona sentimentos de impotência e frustrações. Por mais que a ciência nos traga grandes avanços, quando nos deparamos com o fato de nossa finitude, vemos que nesse momento nada podemos fazer para prolongar a vida.
As perdas costumam despertar sensações de angústias, medo e solidão, análogas à morte, e contém em seu bojo sofrimento, dor e tristeza. Sabemos que mesmo perdas, seja ela real (morte) ou simbólica, ou mesmo de pequeno porte, costumam precisar de um tempo para ser elaboradas. Podemos citar como exemplos de perdas simbólicas um ideal ou sonho, um emprego, uma doença grave ou crônica, uma relação afetiva ou de amizade onde há um investimento emocional muito intenso dessa pessoa ou em uma situação perdida e que aos poucos deve ser retirado e ficar a espera para poder ser reinvestido novamente.
Freud defendia que o valor da transitoriedade das coisas bonitas da natureza, da vida, da arte, dos bons momentos é justamente o valor da escassez no tempo. A exigência de que tudo que é bom dure para sempre é um produto de nossos desejos e pode não corresponder sempre à realidade. Não há como discutir a transitoriedade das coisas, mas nem por isso seu valor é menor, que é determinado justamente pela significação que tem para a vida emocional de cada um.
O problema é que a idéia de que existem coisas que são transitórias, comunica que então haverá uma perda em algum momento do que é bom e isso às vezes fica difícil de ser aceito, acabando por prejudicar o poder aproveitar melhor as coisas boas que a vida nos proporciona.
O processo de luto é essencial para que possamos superar uma perda importante. Cada um irá reagir e se expressar de acordo com suas próprias características. É importante que o sujeito se permita vivenciar sentimentos como raiva, tristeza, desânimo, saudade, etc., e ter consciência de que esse momento requer certo tempo para acontecer e que ele precisa ter paciência para elaborar essas situações.
O ideal é abrir um espaço para que essa situação possa ser conversada e entendida. Precisamos ter esse espaço para poder ter o direito de sentir e expressar sentimentos pelas perdas que sofremos, sem ter que nos envergonhar ou esconder, sem sermos considerados fracos. Pelo contrário, quando nos permitimos ser humanos de verdade estamos valorizando a vida e aprendendo a vivê-la de forma plena sem medo e sem resistências.
Freud diz, em um de seus artigos, que a psicoterapia não se propõe a eliminar o sofrimento, mas sim em transformar ou proporcionar um alívio do sofrimento neurótico num sofrimento humano comum. E isto, como sugere Freud, é antes de tudo levar o sujeito a dar um nome à sua dor, a encontrar uma linguagem para essa dor.
Nem toda perda é passível de um luto efêmero. Porém, há perdas que se repetem, simbolicamente, antes de serem elaboradas. E será que podemos dizer que serão para sempre elaboradas? De qualquer modo, se o sujeito encontra uma linguagem que torne possível nomear em si o que ficou inominável, ele certamente estará mais protegido contra uma doença grave, uma depressão, ou outra forma de recusa à vida.
Considero que luto é uma ferida que precisa de atenção para ser curada. Esse processo de cura é basicamente composto por duas mudanças psicológicas a serem realizadas durante o período de luto. A primeira é reconhecer e aceitar a realidade: a morte ou a perda que ocorreu e a relação agora acabada. A segunda é vivenciar e lidar com todas as emoções, problemas e mudanças que advêm dessa perda. Daí a necessidade da ajuda profissional especializado de um psicólogo para o acompanhamento mais adequado a cada necessidade.
Terapia do Luto
Psicóloga DÉBORA TRINDADE LANNA CRP: 08/13539
Graduada pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA – Manaus/AM
Formação em Tanatologia pela (RNT) Rede Nacional de Tanatologia - Manaus/AM
Formação em Acompanhamento Terapêutico pela FOCO CONSULTORIA e DESENVOLVIMENTO HUMANO – Curitiba/PR
Formação em Comportamento Alimentar Programa RAFCAL - Curitiba/PR
Especialização em Terapia Cognitiva Comportamental - cursando pelo Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva – Curitiba/PR